Tudo me dói é a arte de não ter chão
Quão ela é um tiro cego na noite
Um papel rabiscado em pura e louca atuação
Na ferida do artista que morre fazendo sua arte de enfeite.
Segure oh vida o artista em seus braços de ar
E toda anistia que prende a arte no corpo
Quando a noite extinguir os sonhos e os medos
Serei um poema no papel escrito em sangue.
Eu sou uma arte de poder me amar.
Cai uma folha do anfiteatro e todos observam
Um corpo que abandona sua atuação
O projétil que pontua o ponto final
Do enredo do artista que encena a própria morte.
“A arte é uma arma carregada de futuro” Novembro (filme)