O menino canta pela janela para o céu isento
Aquele canto de criança embala o vento
De embalado canto a noite é penetrada
E sua voz chegou na esquina onde estava
Penetrou meus poros e meu fone
Se encaixou na solidão da noite faminta de vida
Penetrou o ar fresco e minha fome
O canto invadia as ruas, as janelas e os ouvidos vizinhos
Transformou o ponto de ônibus em companhia
Aquela espera não afligia mais meus instintos
A música abaixou para ouvir melhor o canto a capela
O canto que não trazia dores, nem orgulhos
O canto inerte de grandeza, embora seja de gloria maior
O canto de voz infantil sem sonhar ser adulto
O canto de noite que conquistou aquele homem na esquina
O canto que eu queria cantar se eu pudesse ser criança
Não lembro a letra da canção
Porque a sinceridade da voz infantil cria poesias infindas
Oh, futuro presente não me deixe perdido na ignorância dos homens e não me deixe ferido pelas mãos destes mesmos! Eu amo e odeio estas pilastras que são empecilhos e amo em simples amar a minha condição enquanto homem!
Capa - Sarau
sábado, 20 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Gestação
Lindo, o amor no mais simples da vida como a existência
de uma borboleta que é de presença leve, mas tão rica e chocante até mais do
que uma loucura de um ser humano na multidão dos anos.
Belo, os movimentos das asas embaladas na dança do tempo
como os braços de um homem que corre e os braços se movimentam para que seus
passos se tornem ágeis e alcancem o futuro,
andando o presente e desprendendo dos pés os ciscos do passado que
caminham conosco no ensaio da vida, neste esporte ou Ballet os seres encantam o segundo que
fecunda a existência vital.
Digno, o amor que brota na essência de cada coisa e cada
ação de alguma coisa, a coisa se torna verbo e sujeito para julgar e tornar outra coisa adjetivo de
ser alguma coisa neste espaço universal de ser real como o poeta entrega a dor
ou o amor mesmo não sendo sentido para
que seu enredo e oficio de ser poeta se
torne real.
Bonito, é o sentido que floresce de cada um. O meu
sentido de amar o que me ama e o que também não me ama se torna um oásis na
minha alma que a pratica de viver se torna uma luz que dá vida como o
tradicional ato de uma mulher de trazer um ser ao mundo dando a luz vital
durante a gestação e o mundo é uma gestação lenta para encontrarmos o amor que se sonhou e que se realizou. Da dor
ao amor a essência do tempo fecundo nos presenteia com os sabores saberes da
vida.
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