Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sala de espera


 Ó quão sou cuidadoso com a declamação
Esta oração que floresce da alma e sua inapetência
Do profundo do umbigo do homem
Que abaixa a guarda do corpo

Um embrião na escrita
antes do pôr do poeta tudo é declamado
e aclamado dentro dele
De tão cheio ele jorra suas palavras
E ejacula suas preces

Oremos aos encantos infantis
As estreias artísticas
A criação de um amor
Ao respeito entre o si e a palavra
Entre o dedo e o piano

Minhas letras
Meus retalhos de versos que aqui declamo em mente
A sonata de Mozart me doma
Na sala de espera
Na sala dos ansiosos.

domingo, 3 de novembro de 2013

Magnetismo




“Minha voz não pode muito mas gritar eu bem gritei” Augusto Boal

Minha voz com toda elegância, sai
Com toda a valentia, caminha
Vai atravessando todas montanhas
Todas as sarjetas
As espessuras dos vidros e prédios
Vai te envolvendo com todo ritmo
Com o tom grave
Vai te vestindo com todo meu amor.

Meus sussurros vão dedilhar seus ouvidos
Massageando sua nuca
Arrepiando seus poros
Expelindo seus pelos por todo corpo
Sussurras volúpia entre nosso magnetismo
Nossos espíritos se encaram
Vão além de um abraço forte
Estão nos vestindo com toda paixão.