O amor recomeçou numa força
brutal como diria uma sereia recitando e tomando seu vinho de sangue. Ele veio
como um grandioso ritual reinando no campo de magia, no campo corpo e em cada
célula foi sendo integração metabólica. Proporcionando vida a este corpo poeta.
Renascendo como os pelos da barba, tão rápido e por detrás dele tantos
hormônios o proporcionando essa ação. O amor pode rebrotar se as portas que
descerram o fogo da paixão forem abertas com atitude. Metálico hoje ele é um escudo para a alma,
somente pela proteção dele que este espírito consegue elevar-se, energizar-se e
transcender-se nesta estadia deste planeta. Líquido amor que desce à garganta
pela saliva trocada de um beijo chega ao interior do ser e o mantém vivo, esse
é mais que sangue e somente ele alimenta a alma enquanto se vive. Substâncias
estranhas o preenche que de tão bom é cósmico, é uma religião que, caros
irmãos, não pode ser desperdiçada e nem blasfemada, comunguem-se no amor de hoje e de todo sempre. Ele
avançará pela morte todas constelações e será futuro, reinará sobre todas
culturas e substituirá todas religiões. Se o mundo se acabar, não se revoltem
perante o fim, somente o profundo do amor conseguirá reerguer tudo e ainda
lecionar sobre as essências humanas que percorreram aqui.
Oh, futuro presente não me deixe perdido na ignorância dos homens e não me deixe ferido pelas mãos destes mesmos! Eu amo e odeio estas pilastras que são empecilhos e amo em simples amar a minha condição enquanto homem!
Capa - Sarau
domingo, 25 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Marginal
Marginal sou
No amargo da minha pele
Saiu entre o vento vândalo
Rastejo junto as bactérias
Marginalizar a palavra
O tom da escrita imunda
A cor escrita no corpo
O canto saindo dos poros
Marginalizada vida
Homens de pênis eretos na rua
Coceira do toque erudito
Desejo pulsando e nunca negando
Marginalizado impulso
Mulheres tampando tudo
Escondendo o alto das tetas
Expondo a vergonha de se mostrar
Marginal, marginal
Mergulho na marginalidade de mim hoje
Inconstância vulgar que hoje me doma
Vou rastejar junto a poesia dos ratos.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Afã
A palavra é tão inefável quanto Deus
Esse abutre que roga-nos a alma
Fale de amor para o iniciante aprendiz
Comporta-se como doido, isso é sanidade.
Chamem de doido quem me fez
A quem começou as palavras da minha estória
Quem auditou esse mundo atômico
Que nos pariu na senda da vida.
Sou cópia barata do meu pai?
Não, sou os versos poéticos que se ausentaram nele
Sou a poesia que os poetas desperdiçaram nos ares
Minha essência capturou com calor e terror.
No relicário dos meus antepassados
Do relicário da minha consciência afã
Eu me prolongo no homem que me tornei
Pois sou a atuação de mim mesmo.
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