Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

sábado, 20 de abril de 2013

Éden da infância


Reprima a lágrima
Reprima a educação reprimida
Reprima os açoites que as palavras dão
Com condolências não reprima as estreias infantis!

Cautela adultos
Homens de vis estreias sobre os menores
Poetizem  o lecionar diário e as caras feias
Com carinho ensinem crianças  falar com vida.

Adjetivos e palavrões
Cuidado, a criança esta no começo dos horizontes
O chão a pisar tem de ser de infinitas apresentações.
Com audácia ela tem que criar seu dicionário.

Cuidado castigadores
Jorrantes de pragas sobre a própria cria
É na entranha do lar que molda o destino
Com sabedoria criem um éden dessa familiaridade.

É jardim de infância
Com cautela crianças pulam amarelinha na educação dos pais
Com gargalhadas elas cantam no espírito morto de seus pais
São elas que os ensinam a amar puramente na diversidade de seus risos.

Eternos aprendizes
O que será das crianças e sua fecundas palavras do futuro?
Como será os passos cercados por arames farpados de seu pais?
Onde pode, educadores serem os destruidores da disciplina infantil?

Agora ou nunca
Silêncio e tira a mão da nuca
Olhe para seu filho ou a criança mais próxima
Com carinho, reflita nos olhos infantis e suas almas.

Agora sim
Libertem-nas de condições impostas, de casamentos imaginados
Abram o leque das relações para os milagres do futuro
Com muito de nós mesmos seremos um futuro infantil e rico.

sábado, 6 de abril de 2013

Minha morte

Hoje sai com minha morte
Num papel branco, anotada na carteira
Para que todos saibam que morri
Para que toda minha morte filha
Tenha a honra de ser noticia
Para quem amo e amei e aos decretos de ódio também.
Hoje morro, eu sei,
Ando com minha morte pelas ruas
Até ela adentrar em mim como único beijo
E um estupido abraço de vida.
Morri e deixo lembranças para todos,
Deixo o último poema desse poeta,
O último suspiro de felicidade
A ultima essência de poeta que um dia desconfiei ser.
Estou entregue a morte
Seja ela definitiva ou transfiguradora
Seja ela como poema ou poesia
Seja ela tudo ou nada
Seja sendo eu ou meu ego.
Adeus!


(De vez em quando uma parte em nós morre ou se transfigura para um futuro)