Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Grito do amor (pela mortualha)

O amor e suas imperfeições comedi a muitos.
Se o senti, ainda não posso relatar em palavras ou ações.
Até o momento lembro da carga de emoções mais forte que senti.
Ao passar do tempo pode haver ponderações.
Alguma futura carga pode superar o que já senti.
De tempo em tempo se tem um novo gostar em lembrar de alguma história da vida.
Até então,direi que vivi paixões.
No momento anseio por paixão.
Definirei o amor da minha vida no último segundo da minha vida.
Creio que será o que houve menos imperfeições
e que adorarei todas as suas lembranças,
que as palavras e calor do outro corpo tenha retribuído tudo o que o proporcionei
e a saudade me envolverá pelas noites ígneas.
Que lindas mentiras a paixão nos conta.
Que lindas e difíceis discussões o amor nos dá.

Irão me encarar como o ser que não crer no amor.
Me chamarão de seco e gelado, já ouvi.
Para mim são as lindas crucificações que o amor posta a todos.
Tudo isso é a liberdade de um verbo,
a resignação de um sujeito.
Todos encaram a pessoa que desperta a paixão de uma forma diferente.
Talvez o amor não deu um grito em mim
semelhante ao grito do Ipiranga.
Aliás, em quem ele gritou?
Não vejo ninguém, não ouço nenhuma voz.
Mas vejo e ouço as injúrias e imperfeições que os seres levantam.
Quem dará o grito?
Será o verbo ou o sujeito?
O grito será forçado pela morte
que irá o por contra a parede
e diante de toda história do sujeito.
Eu espero te encontrar, não sei onde,
talvez no calor da paixão
ou nos bosques da solidão.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ferve febre, amizade

O corpo oscila.
A febre ferve e conclui,
uma razão da existência.

As primaveras e verões
aqueceram atrações dos corpos
e os sentidos sentidos.

Os invernos e outonos
esfriaram e escureceram a paisagem
e não a mensagem.

O outono que acaba de envolver
aquela amizade íntima,
talvez solitária, expulsa a lágrima.

A amizade é linda, sim.
Se ela morre em alguma mente dos amigos
é como o amor que acaba para um dos amantes.

Para o ser,
a amizade vive numa consciência elevada
na febre da afinidade.

Realidade, sentido da mensagem
não está ocupado na análise
que a mente repousa no seu labirinto.

Semelhança - amizade.
No começo as idéias assemelham e se conflitam,
mas os dois se assemelham.

Quem não fala mais,
calou-se na sua fuga
de libertar a voz e ouvir a outra.

Quem vira a face a comunicação
perde, perdeu grandes oportunidades
que a vida deu a amizade.

Quem vive pulsando força
fortalece a sua própria amizade
e as falhas não são superiores a si.

Amizade, felicidade.
O homem anda tropeçando nas pedras da cidade,
passeio que os pés cansados soam.

Vento fraco leve-a
na pessoa certa,
esta amizade que deseja brotar.

Consciências e lembranças são eternas
enquanto o corpo vive.
A amizade não finda por completo.

Na projeção do fim
é a ausência e a saudade que oscilam
pelo amigo.