Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ferve febre, amizade

O corpo oscila.
A febre ferve e conclui,
uma razão da existência.

As primaveras e verões
aqueceram atrações dos corpos
e os sentidos sentidos.

Os invernos e outonos
esfriaram e escureceram a paisagem
e não a mensagem.

O outono que acaba de envolver
aquela amizade íntima,
talvez solitária, expulsa a lágrima.

A amizade é linda, sim.
Se ela morre em alguma mente dos amigos
é como o amor que acaba para um dos amantes.

Para o ser,
a amizade vive numa consciência elevada
na febre da afinidade.

Realidade, sentido da mensagem
não está ocupado na análise
que a mente repousa no seu labirinto.

Semelhança - amizade.
No começo as idéias assemelham e se conflitam,
mas os dois se assemelham.

Quem não fala mais,
calou-se na sua fuga
de libertar a voz e ouvir a outra.

Quem vira a face a comunicação
perde, perdeu grandes oportunidades
que a vida deu a amizade.

Quem vive pulsando força
fortalece a sua própria amizade
e as falhas não são superiores a si.

Amizade, felicidade.
O homem anda tropeçando nas pedras da cidade,
passeio que os pés cansados soam.

Vento fraco leve-a
na pessoa certa,
esta amizade que deseja brotar.

Consciências e lembranças são eternas
enquanto o corpo vive.
A amizade não finda por completo.

Na projeção do fim
é a ausência e a saudade que oscilam
pelo amigo.

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