Toco
as minhas costelas como se fossem cristais frágeis
Mas
elas são a fortaleza que asseguram as explosões da minha bomba cardíaca
Protegendo
das implosões do meu peito magro
Elas
rangem com palavras como placas tectônicas em busca da próxima colisão efetiva e bum
Explosão de palavras que não sei de qual cristal se libertou
Colisões
para o esterno que separa as zonas desses cristais fortes
A resistência óssea protege a explosão
desse segundo
Todo
esse vulcão que vem sendo formado, desde o tempo que a poesia me visitou ao
olhar pros olhos castanhos da vida
As
vezes passageira, sinto seu cheiro distante de leve e a sinto pouco
E
minhas mãos anseiam por sua carne voluptuosa a compartilhar nossas energias
A
entender o soneto de suas costelas luminosas, e
relembrar a distância dos degraus da esplêndida e inquietante crença de ser poeta
É
revirar o baú da alma e nada achar, teimar em continuar a procura, porque assim acredito que ainda posso ser poeta
A
poesia é fingidora e nos faz fingir sermos poetas.
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