Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sereia noturna

Fim de tarde,
o sol se foi
e a chuva começou a agir.
As nuvens cinzas enfeitam o céu.
Logo aparece as estrelas pouco a pouco.
Com a lua o toque final.
Assim, anunciou que a noite chegou, o frio chegou.
Todos os enfeites para uma beleza.
É bela por natureza.
É obscura como a cinza.
Está sobre as montanhas, admirando a noite.
Seu turno preferido.

Ela se enxerga nos céus.
Acompanha cada estrela.
Vigia vidas que gosta.
Romantiza a noite.
Desperta desejos teus.
Sempre estará lá.
No alto onde gosta, penteia-se com o pente.
Que sua beleza sempre esteja na forma certa.
Sem invadir o espaço de algum astro, incerta.

Sereia da noite,
paralisando os homens a te olhar.
És sereia das histórias por sua beleza,
mas sua beleza é grandiosa.
Tu és real.
Presenteia os olhos com sua imagem, no escuro.
Luzes o céu de infinitas trevas.
És a estrela de todas noites.
Alegria de lábios ao sorrir.
És o sonho de algum moribundo.

Canta todas as noites, com sua voz oceânica.
Logo faz todos adormecerem.

És a junção de adjetivos.
És egrégia, bela, sonhada.
És formosa, luzida.
És obscura entre os cativos.

Sereia noturna, paralisadora de olhos que sonham com romances.
Na noite és aurora da morte, da vida e romances.

És o sonho de algum moribundo,
em seu próprio romance.

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