Hoje cedo um anjo me beijou
beijo matutino sem sabor.
Era um anjo sem asas, sem divindade.
Um anjo que ainda se lapida a perfeição.
O anjo que derrubou e cicatrizou meu coração.
Chegou cedo, não o esperava hoje,
mas sim amanhã no tempo mais adequado, talvez perfeito.
Era um anjo sem face angélica sem plumas.
Sem sensações no meu rosto.
Era um anjo único, sem presença real,
aliás, mais que real poralisada em mim.
Não era um anjo.
Era a puta lembrança do meu pai.
Ah, como as lembranças imploraram para que fosse seu vulto branco ou negro a me abraçar,
mostrar sua dor em meu corpo.
Não era um anjo,
também era puta saudade do seu espírito vibrante,
do seu toque e da sinfonia da sua voz.
Lá fora e aqui dentro está tingida de noite a própria noite em seus tons escuros e frios.
Composto ontem 19/07 , hoje 20/07 são 10 anos sem meu ídolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário