Senhor Deus dos desgraçados,
livrai-me da mesquinharia humana
proteja-me com loucura e amor!
Mesmo pelo difícil caminho do vale
que eu não perca o liame em ti.
Ouça a voz humana que confessa infâmias antes de dormir!
Senhor Deus dos desgraçados,
diga qual o conceito de tanto horror, atrocidades sob o céu!
Senhor que canta entre os céus sua própria canção de ninar,
cante enquanto ornamento minhas infâmias!
Deixe o suave tingir da noite contemplar o final do dia!
Quem não encontra em vós a liberdade simples,
o julgar impiedoso de si mesmo
e o atrevimento dos céus, senhor?
A chuva dos espíritos de futuras graças e presentes desgraças
cai na maternidade e na placenta do dia.
Senhor Deus do desgraçado que sou,
não afaste de mim seu toque suave e agressor
me fira para que meu sangue integre-se em humanidade!
Lapida-me em natureza e pura simpatia da vida!
Senhor dos desgraçados de séculos e séculos
esteja com este ser taciturno e exultado!
Livrai-me da mesquinharia e da solidão do tempo!
Oh, Deus do desgraçado que sou,
escute esta voz humana e sinta este coração vivo!
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