Bom dia rotina que nunca se repete!
Hoje esta criança nula se estagna no esplendor de infância,
De descoberta dia-a-dia
De ser portadora de uma voz inocente
E por trás desta inocência transando seus desejos, sua
intenção.
Cheio de medos e incertezas das rotações das rotinas
Esta criança medrosa segura firme na mão da poesia e caminha
Desfilando em brincadeiras, cirandas.
És criança corajosa, já enfrentou seus piores medos
Com um tremor interno e o coração acelerado que parecia que
se calaria,
Mas não, falou com esta língua e olhou olho
a olho.
Sonhou e se realizou
e se despediu de alguns sonhos,
Se despediu de pessoas, crenças e realizações.
Esta mão quente que me afaga enquanto durmo.
Me guia enquanto prossigo nestas ruas incertas.
Me predestina nos relevos deste mundo.
Ah, grandiosa! Sua mão quente esquenta a minha
Que não sente a tempos o calor de uma paixão real.
Grandiosa mãe com suas próprias mãos você me pariu,
Me trouxe ao mundo.
Fez em si o parto desta mera maturidade que tenho
Do entender e negar, do viver e se apagar,
Do morrer e me acender entre os medos que as dores humanas
nos postam.
Seu bisturi que te cortou é tão belo e é a essência que me
move
Seu bisturi de ‘amor a vida’
Que cortou a bolsa da
minha imaturidade
E me pós na placenta do conhecimento constante de viver
Que hoje é minha maturidade.
Sinto seu abraço nas palavras que nos aproximam
E seu perfume na força das palavras declamadas.
Fez meu leito de folhas escritas em ti.
Me dê amor dos montes e dos astros.
Me afagas em tuas mãos divinas, satânicas, humanas!
És minha cura de todas moléstias que tive
E das que podem violentar este corpo, ainda.
És a cura da dor que um defunto sentiu no segundo fecundo da
morte.
Minha cura humana.
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