Oh, divina inspiração
Que me costura ente a ferida de cada palavra
Cada vez que profano uma nova palavra se abre uma ferida
Em cada verso e estrofe vejo uma parte de mim inteira ferida
E vejo meu interior.
Paro, estou com o corpo inteiro ferido
Precisando da linha da poesia a me costurar
Nesta confecção de me gerar que me faz humano
Estou sendo modelado a cada dia
E todos verão este artesanato no meu rosto cheio de rugas
Rugas que espero e temo ter
Porque não quero parar este corpo diante da bagagem da idade
e de seus conhecimentos.
Oh, divina costureira
Trace a agulha junta a linha nas minhas costelas em posição
ereta,
No peito em sonhos infindos e eterna crença nas coisas da
vida,
No cérebro a memorizar as lembranças tragadas durante a vida,
Nos pés a deixar rastros nos lugares que passaram
fisicamente ou numa imaginação,
No sangue a aquecer todas as marcas de expressões de mim,
No esqueleto com roupas de cálcio!
Assim, podes confeccionar este corpo que te dou, poesia!
Hum faz tempo que não olho para o meu interior, as vezes tenho medo de ver o que tem por lá...
ResponderExcluirMuito bom :)
Nossa... tão intenso e visceral!!! Me arrepiou as colocações e arranjos bem postos das frases. Lindo, simplesmente!
ResponderExcluirP.S.: Obrigado pelo comentário no meu cantinho... é sempre muito bem vindo!!!
Maravilhas profundas estas tuas palavras!
ResponderExcluirQue palavras magicas, que maravilha consegues criar a volta da minha alma!
ResponderExcluirEspero a tua opinião no meu espaço,
Pensando com Arte.