Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

domingo, 26 de junho de 2011

Peregrino

O sândalo me embalsamou nos encontros e despedidas
perante todos movimentos as vezes tristes, felizes ou lacrimosos.
Eu fui peregrino incerto da vida
e me tornei a carcaça que hora aparenta ser bom
mas que já se assemelhou a ruim.
O espaçoso tempo foi comendo os fatos e apresentou teses
teses que li, teses que me arranharam, me feriram e que me fez gozar.
Moendo os dias fui  seguindo o louco relógio.
Fui sonhador, sonhei ser amante, sonhei ser poeta.
Mas nunca soube quando estava sóbrio, quando não sonhava!
Entre cantos que me raptaram a todos os mundos que conheci
fui instrumento deles em ondas magníficas,
em notas sinfônicas minha alma compôs suas canções e poemas.
O que sou? Não sei!
Mas fui peregrino incerto do amor e da vida.
E da morte? Não sei!
Não sei se sonho ou se vivo!

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