Cai novamente a noite
Perpetrando sua existência escura e sedutora
Abraçando cada poro da pele do homem
Seduzindo o admirador do outro.
Desenvolvendo movimentos de conquistas entre os homens.
Na noite perfumes entre os suores humanos
Fumaça de cigarro voando entre as faces
Penetrando as lembranças da consciência
Elevando a saudade do teu perfume com traços suspirados do
seu cigarro
O gosto da nicotina nos seus beijos.
Passam tantos corpos, quadris
Calças modelando pernas, bundas e coxas.
Vem a mente seu quadril em rebolados da intenção de me
seduzir
Lembro da maciez da sua carne
Sentando no meu colo
e sentindo minha virilha.
Comunicação nos ares, vozes agudas e graves e vários tons e
sotaques.
Diálogos de paz e de guerra, fofoca de amigos.
Relatos dos problemas pessoais entre multidão.
E aquela voz tua alta e grave, reveladora da sua condição
Substituta dos seus olhos quando estes não falam aos meus o que tu pensas.
Assim entre a noite
Tudo o que ela traz em seus braços de lua
A lembrar tantos homens do que eles já viveram,
Nasceram em tal acontecimento inesperado
E morreram em algum fim do fragmento do livro da vida
Na página de um fim desenvolvendo o tempo de nascer de novo.
Da noite estação do dia, observar a vida é uma poesia
O formato da fumaça no ar, o cheiro de perfumes,
O caminhar reto e as vezes rebolado,
Crianças pedindo dinheiro entre as mesas dos bares,
Homens a beber etanol em tantas bebidas diferentes da
bancada, adega.
Olho pro olho da noite
E vejo um sonho passar de homens semeando sementes do amor.
Quando meu olho alcança o céu me recolho a terra aqui embaixo,
Me sentindo uma bactéria a ser empurrada no oceano
Esperando a força das ondas a me interagir com outros
elementos
E iniciar novas formas de vida desta minha vida.
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