Um homem senta e assiste à peça que um velho encena.
Juntando os pensamentos num só,
Algumas correntes perdidas no ar
E outras sentadas juntas ao homem.
Nas palavras que irmanam ao ar analisam a existência.
Um velho sempre existiu com seus sagrados sinais.
Na face e no corpo a existência do tempo.
Dialogando, é a prova que o tempo existiu.
Para este senhor ao qual se põe atenção.
O melhor professor de sua caminhada foi o tempo.
É o tempo de reconhecer a semelhança do ego
E um personagem solto nas linhas do papel.
Adquiri a sensação de parar no tempo
E se analisar para prosseguir com a glória de se ter rugas.
O homem observa, fixa o olhar no personagem.
Em meio a descoberta do outro, descobri a si.
Um homem de aparentável
beleza
Brota para si a sua feiúra e a aplaude.
Na sede de manter o dom de escrever.
Ilusões da fronteiras do papel e do tempo.
O velho encerra uma obra ausente em todas folhas.
É o gozo de ser humano e velho
E aprender num espaço curto de um homem.
Aplausos ao velho,as rugas, as dificuldades.
Despertam povos a utopia do escritor.
Trabalham mentes nos devaneios dos papeis.
O tempo decompõe folhas e corpos
Mas deixa a sabedoria intacta.
Os homens agradecem as dificuldades, as rugas.
Nos palcos e ruas da vida e do tempo
Eternos aplausos e conhecimentos.
Cada rua, uma ruga do mundo
E esta terra tem muito a ensinar.
As rugas na face, sinais do tempo que me perco.
As cortinas estão sempre descerradas.
*Este inspirado na peça teatral "Don Juan no espelho" de Marcio Miranda
*Este inspirado na peça teatral "Don Juan no espelho" de Marcio Miranda
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