Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Coloniza


O amor é uma criança chorosa me pedindo colo
E me convencendo a sempre desejar colo.
Uma criança sedutora.
As vezes eu sou uma criança que não pede, mas coloniza um colo.
Sou criança atrevida sem vergonha.
Porque ao que popularmente chamam de vergonhas têm que ser usadas.
Minhas vergonhas querem mexer e trabalhar bem.
Esta criança distraída passa em tantos colos a procura de sua paternidade
E se confunde nestes calores encontrados.
Chora mais e mais,
Deita em outro colo adormece e sonha
Por finalizar um sonho finalizou outra ilusão.
Vai criança chora que não haverá castigo
Chame ou grite pelo seu pai sonoramente ou telepaticamente.
Não se castigue doce criança,
Sabes que o castigo é ficar sem um colo caloroso e humano.
Coragem criança,
Que você é a poesia viva
Você é um poeta.
Poeta é um Curupira em passos audazes,
Um Saci em passos duvidosos,
Uma Yara em nado sincronizado.
Poeta  é um passo do real e outro irreal.
Poetizas e coloniza outros colos, criança!

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