Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

sábado, 2 de junho de 2012

Vinho


O vinho chega a profundeza da mente e se mistura a sensação fria da noite que nos vigia.
A lua se esconde no céu e eu me escondo por trás de uma taça de um tinto.
Os lábios tingidos iniciaram estas palavras e despertaram a sede por mais.
Passa a tarde, vivendo a noite e o sangue é integrado no bálsamo tinto.

Noite bêbada de mim parece o silencio dos poetas e ao redor as casas se calaram.
Aqui tudo vibra são as ondas sonoras e o calor do corpo em conflito com a brisa noturna.
Noturno vinho dos homens bêbados  e bêbados não estão, pois a cada água todos estão bêbados.
Taça ficando sempre mais límpida em seu vidro e a cor destas sensações faz o corpo de morada.

A lua que enfeita a noite dos poemas solitários brinca de esconde-esconde ou o vinho a embebedou.
Querida lua puta, sua orgia se ausentou do corpo nesta noite, onde estará o gozo a tingir meu sangue?
Um gole desce a garganta, dois, três, quatro... caminhando ao fim que não tem fim.
Somente o segundo fecundo da ultima gota de vinho ou da estréia triunfante da morte que é o belo e puto fim.

4 comentários:

  1. Profundas as palavras... Fiquei sem saber o que dizer. Um gole de vinho, do crepúsculo, deve melhorar... Bem. Fantástico!

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  2. Agradecido pelo atencioso comentário! Pela companhia, obrigado.
    Um abraço.

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  3. Agradecido pela a atenção, meu amigo.
    E esperando uma atualização deste blogue :)

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  4. Ficarei à espera, atento, até o tempo assim deixar. :)

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