Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

domingo, 20 de maio de 2012

Novembro


Tudo me dói é a arte de não ter chão
Quão ela é um tiro cego na noite
Um papel rabiscado em pura e louca atuação
Na ferida do artista que morre fazendo sua arte de enfeite.

Segure oh vida o artista em seus braços de ar
E toda anistia que prende a arte no corpo
Quando a noite extinguir os sonhos e os medos
Serei um poema no papel escrito em sangue.
Eu sou uma arte de poder me amar.

Cai uma folha do anfiteatro e todos observam
Um corpo que abandona sua atuação
O projétil que pontua o ponto final
Do enredo do artista que encena a própria morte.


“A arte é uma arma carregada de futuro” Novembro (filme)

5 comentários:

  1. E não somos mais que tristes atores no palco da nossa vida comandados pela folha... pelo destino.
    Parabéns pela exelente poesia!!

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  2. Muito agradecido pelo teu comentário!
    Deveras.
    Sente-te abraçado.

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  3. Que bom o teu comentário...
    De coração: agradecido.

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  4. Respostas
    1. Obrigado, amo quando alguém diz que gostou de um poema meu!

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