Deitado no colo materno quente
de humanidade
Respirei sobre tua pele de
infinito amor
E reconheci o cheiro da
infância escondido em mim
Entre carinhos espontâneos
de suas mãos
Entre inspirações do seu
olhar castanho
Retornei ao útero da minha
mãe
Estagnei, penetrei,
renasci em ti
Voltei a respirar e
energizar pela placenta
De lá assistir minha vida
até aqui
As imagens me pariram de
uma vez
Me vi, me senti, me
reconheci no dia de hoje
Desse circulo respirei
cada momento vivido
Desse ciclo entendi cada
traço em mim
Entendi cada virgula que
para minha fala
Percebi o quanto sou
feliz, ó amor maternal
Toquei as paredes de mim
tão vibrantes
Arranhei a bolsa que me
envolvia
Num sufoco dantesco
rasguei aquela porta humana
Sai entre a carne, entre
as partículas do mundo
Entre o chamado da vida
para ser poeta.
Voltar a mãe, ao ninho encantado sem encanto...que coisa bela!!
ResponderExcluirGostaria de saber o que te fez lá voltar, a saudade?
Gostei muito!
Pensando com Arte.
Não a saudade, mas uma integração com ela mais forte do que o habitual do cotidiano.
ExcluirObrigado pelo carinho!