Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Um oco

Um soco, dois socos, três socos
O oco do oco ecoou na rua
E ao dobrar a esquina encontrou o som
Em algo conflitante daquela tarde
Daquele instante talvez fecundo de tal violência
O corpo daquela mulher tornou-se faísca ente a multidão
Cá no olhar de telespectador, a atenção é inevitável
Meu corpo doou-se a ela, trocaram-se
Mutuamente pude sentir suas dores
Sentir suas estâncias de vitima
A dor de uma graça assassina
Abandonava ali todos os sentidos
E todo o corpo tornara-se oco.

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