Um soco, dois socos, três
socos
O oco do oco ecoou na rua
E ao dobrar a esquina
encontrou o som
Em algo conflitante daquela
tarde
Daquele instante talvez
fecundo de tal violência
O corpo daquela mulher
tornou-se faísca ente a multidão
Cá no olhar de
telespectador, a atenção é inevitável
Meu corpo doou-se a ela,
trocaram-se
Mutuamente pude sentir
suas dores
Sentir suas estâncias de
vitima
A dor de uma graça
assassina
Abandonava ali todos os
sentidos
E todo o corpo tornara-se
oco.
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