Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

sábado, 24 de novembro de 2012

Era


Quando o sol brilhava era tão bom

Te confessava infâmias e não pecados
Te tocava com a alma e não com as mãos
Te envolvia com meu sangue e não com meus braços
Te falava dos sonhos e não do futuro presente

Era o despir do dia que me caminhava lentamente e ansioso
Eram as harpas tocando os erros que foram cometidos
Eram as trombetas do céu nos chamando para deitar em plumas
Era sua voz que me dizia o que amava escutar

Quando a lua brilhava sobre nossos corpos

Te despia com o olhar em magnitude
Te penetrava como único laço e nem a morte impediria
Te suspirava na intenção de elevar seu corpo
Te elevava no ritmo das sensações que nos orquestravam

Era a espera de colidir nossas cargas
Era a saudade opressiva fortalecendo músculos a caminhar
Era um canto em constantes ressurreições por nós
Era tão bom, eu sei os corpos despidos, os sentimentos nus.

3 comentários:

  1. E nada mais se não o próprio momento, o próprio fogo apaziguador de duas almas entrelaçadas!
    Mágicas palavras!
    Um grande abraço, amigo.

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  2. muito muito giro seu blogue e suas palavras! *

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