Eu quero marcar meu corpo
Feri-lo em traços inacabados
Me inacabar até as pontas dos dedos
Se possível até meu ultimo gene de sangue
Calmamente me despi de pelos
Sem pelos sinto mais próximo do meu interior
Cada vez mais despido até meus ossos
Até a consciência de cálcio, meu aço
Levemente e na mesma cronologia com fúria
Desprenda minha pele, posteriormente a carne
E com pele e carne me cubra
Com o único cobertor humano que me esquenta e protege
Agora perfura meu corpo com a faca
Com a mesma lâmina que cortou minha mão outra manhã
Aprofunde até meu consciente
Enquanto minha poesia se torne inconsciente
Com meu olhar expandindo ao infinito
Com minha alma gritando sua dor e amor
Perfura-me todo o corpo e fira minha alma com palavras
Calmamente me abandonei destas linhas.
que profundo e dolorido
ResponderExcluirUm pouco dolorido, bom sentir o toque das palavras aprofundando na leitura
ResponderExcluirDesabafo profundo... de quem tanto pede e não sabe onde procurar mais. De quem tanto ama, e não ama tudo. Não se ama a si.
ResponderExcluirAbraço.
Imaginei uma busca pelo ser dentro de si.
Excluirquase psicótico, porém um psicomaniaco pensaria em outra pessoa, interessante...
ResponderExcluirPsicótico, boa definição, pensar no eu-lírico sofrendo isso é mais real e profundo do que outro pessoa.
ResponderExcluiracho clássico!
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