Sempre digo, repito e
inalo palavras
Numa confusão e nervosismo
de dizer
De carrega-las no colo e
libertar ao público
Sempre!
O sempre, esse sujeito de
locução diária
Ele solta das línguas
parecendo eterno
Uma metamorfose dos sonhos
mais belos
E em algum segundo, o
metal pesado do pesadelo
Esse mero sujeito, sempre
arromba meu corpo
Como ponte a meu espírito
Me estende a outra vida
inacabada e sem começar,
Nina a eternidade no peso
da alma
Amizade, amores, enganos,
descobertas
Poesia, o sempre é uma
poesia extensa, intensa
É milhares de folhas a ser
escritas, detalhadas
Nem todos amigos ou
amantes dão conta de duetar tal poema juntos
Sempre desiste-se, sempre
se prossegue
Sempre vive, sempre enfarta
e eterniza-se
E nem sempre se lembra,
nem tudo é eterno
O sujeito sempre morre, na
berlinda vai o sempre.
lindo e refletivo.
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