Enamorados
da vida, cuidado!
O
vírus se espalhou sobre todo o manto da terra.
No
cetim do mundo foram desvendados segredos
E
hoje pela renda todos suspiram prazer.
O
amor perambulou nas organelas de nossas células
E
agora está nos tecendo, se procriando metodicamente.
Mitose,
meiose, simbiose e me lembra da minha overdose
Assumo
minha doença, amor, de mala e cunha não quero me curar.
Vírus
do amor vem sugando o restante de vida latente em mim
Dia
a dia, aniquilando o que um dia eu fui,
O
homem que julgavam seco e sem sentimentos
E
lá está ele no esquecimento da minha estória.
Carmas
do tempo, onde se perderam?
Foi
ingrata beleza ou faíscas da sabedoria
E
as feridas latentes da alma sumiram
Sentiram
que falo de nada? De amor?
Amor,
meu oráculo, guie-me nas minhas artérias
Estou
cego perante minha paixão rubra
E
meus passos tem tomado forma de ballet
Os
reflexos do meu amado refletem em mim.
Calem-se,
assumo minha overdose.
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