Capa - Sarau

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Sarau Equinócio de outono

domingo, 22 de março de 2015

Boticária poesia

Eu sou uma poesia em questão na boca de famintos homens
Na náusea de uma rotina sem vida
Em um instante oco, profundo e louco
Um palpite entre a carne e pele arrepiando meus poros
De loucos famintos das minhas palavras
Esperam de mim discursos hediondos
Mas meu silêncio é espantoso em pensamentos
É conversa para os poetas mortos
Os poetas da minha estação pró vida
Aqueles que suas cinzas desenham em minhas folhas partes de mim
E de um passado rogado de desterro e amor
As vozes dos poetas batucam nos meus ouvidos
Inserindo a mim multidão de vozes ditando vida a mim
“Seja poeta, meu caro, manipule suas palavras aqui
E se disfarce entre palavras e fórmulas
Entretanto, seja poeta, caro boticário em lapidação”
Cheiro de vinho ao redor, evaporando suas moléculas
Fazendo do ar bêbado minha bebida de inspiração
Seja poesia vida!

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